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#46: Energia em Foco - Resumo Semanal (14/11/2025)

O setor elétrico brasileiro está em um momento de transformações aceleradas, marcado por investimentos massivos em infraestrutura, a expansão agressiva do Ambiente de Contratação Livre (ACL) e movimentos regulatórios estratégicos para garantir a segurança energética.

Neste episódio do Energia Em Foco, analisamos os recentes destaques que redefinem o panorama da distribuição e geração no país:

Modernização da Distribuição e o Desafio da GD A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) anunciou o maior aporte de sua história no segmento de distribuição: 

 Esse esforço é crucial, especialmente porque Minas Gerais lidera o ranking nacional de Geração Distribuída (GD), com mais de 2,5 GW de potência instalada. O investimento visa a modernização tecnológica da rede, incluindo a instalação de sensores, religadores automáticos e medição inteligente, com o objetivo de reduzir o tempo de interrupções e aumentar a confiabilidade do fornecimento.

O Crescimento Expresso do Mercado Livre (ML) O ambiente competitivo segue aquecido. A Cemig consolidou sua atuação ao ultrapassar, em setembro, a marca de 200 MW médios comercializados no Mercado Livre de Energia. Esse dado representa um crescimento expressivo de cerca de 30% em relação ao início de 2023.

A expansão do ML é acompanhada pela entrada de novos ativos de geração centralizada, como o Complexo Solar Grande Sertão II da Matrix Energia em Minas Gerais. Com 105 MWp de capacidade instalada, toda a energia desse projeto será destinada ao ACL, atendendo à crescente demanda por energia limpa e de longo prazo.

Segurança Energética e Novas Fontes A diversificação da matriz também ganha força com a EDF Renewables Brasil, que iniciou a operação do Complexo Eólico Serra das Almas na Bahia. O empreendimento, que demandou R$ 1,8 bilhão em investimentos, possui 261 MW de capacidade instalada e reforça o protagonismo eólico da Bahia.

Para enfrentar os desafios da intermitência dessas fontes renováveis (solar e eólica), o governo federal deu um passo importante: antecipou o leilão de sistemas de armazenamento de energia em baterias para Abril de 2026. Essa estratégia é fundamental para equalizar a oferta e a demanda e evitar o curtailment — a redução forçada da geração — em regiões com infraestrutura de transmissão limitada. O leilão visa ampliar a flexibilidade operativa do sistema e pode permitir a contratação de modalidades híbridas que combinem geração e armazenamento.

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